“O
crescimento natural da população remete continuamente a problemas relativos à
preservação do meio e os povos devem adotar normas e medidas apropriadas para
fazer frente a esses problemas [...] De tudo quando existe no mundo, o ser
humano é o bem mais valioso, pois é ele que promove o progresso total, cria
riquezas, desenvolve a ciência e a tecnologia e, com seu árduo trabalho,
transforma continuamente o meio humano. [...]A defesa e o melhoramento do meio
ambiente humano para as gerações presentes e futuras se converteram na meta
imperiosa da humanidade, que se deve perseguir, ao mesmo tempo que se mantêm as
metas fundamentais já estabelecidas da paz e do desenvolvimento econômico e social em todo o mundo, e em conformidade
com elas.”
(Adaptado de:
Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano,
Estocolmo, 1972).
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
O
rápido e intenso crescimento da população mundial tem despertado a comunidade
internacional para as relações entre população, desenvolvimento econômico e
recursos naturais.
Para
que essas relações sejam compreendidas é preciso considerar o seu fator
fundamental: o crescimento demográfico.
Esse
fator pode ser explicado por dois processos:
Crescimento
vegetativo ou natural: movimentos verticais.
Migrações:
movimentos migratórios (Trataremos sobre migrações em outra aula).
CRESCIMENTO VEGETATIVO
O
crescimento da população mundial está ligado a vários fatores – taxa de
mortalidade, taxa de natalidade, taxa de fecundidade, expectativa de vida – que
por sua vez dependem das condições de saúde, educação e acesso a recursos
naturais e econômicos da sociedade.
O total de habitantes de um lugar tem como
principal fator de aumento o crescimento natural ou crescimento vegetativo,
também chamado de movimento vertical da população. O crescimento vegetativo
consiste na diferença entre o número de nascimentos e de mortes em determinado
período (geralmente um ano).
A
relação entre o número de nascimentos ocorridos no período de um ano e o total
de habitantes de uma cidade, um estado, país ou continente define a taxa de
natalidade. Para chegar a essa taxa, multiplica-se por 1000 o número de
nascimentos ocorridos durante um ano e divide-se o resultado pelo número que
representa a população absoluta.
Por
exemplo, uma taxa de natalidade de 25% significa 25 nascimentos em um grupo de
1000 pessoas. A taxa de natalidade de uma população está ligada à taxa de
fecundidade, isto é, o número de filhos por mulher em idade reprodutiva dessa
população.
A
relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes
do lugar define a taxa de mortalidade. Para chegar a essa taxa, multiplica-se
por 1000 o número de óbitos ocorridos durante um ano e divide-se o resultado
pelo número que representa o total da população.
Por
exemplo, uma taxa de mortalidade de 10% significa 10 mortes em um grupo de 1000
pessoas.
Calculando
o crescimento vegetativo com base nos dados exemplificados acima, temos:
CV= 25% - 10%= 15% ou 1,5%
Relacionadas
às taxas de mortalidade e de natalidade temos duas outras importantes variáveis
que influenciam no crescimento populacional: a taxa de mortalidade infantil,
que diz respeito ao número de crianças mortas antes de completar o primeiro ano
de vida, e a expectativa de vida, que se traduz pelo número de anos que um
recém-nascido poderá viver, considerando-se o conjunto de recursos da sociedade
da qual ele faz parte.
Fonte do texto: ALMEIDA, Lucia Marina
Alves de. Geografia: geografia geral e do Brasil, volume único. Tércio Barbosa
Rigolin. São Paulo. Atíca, 2005.
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